Museus, Musas e Mulheres: reinterpretação de acervos como potência transformadora para a diversidade
RESUMO
A visibilidade e a diversidade das chamadas minorias sociais são pautas que permanecem no centro das discussões contemporâneas. É esperado que museus também as incorporem, por serem instituições atentas ao diálogo com a sociedade e suas demandas. Mas o videoclipe dos cantores pop Beyoncé e Jay-Z gravado diante da obra Mona Lisa, no Museu do Louvre, em Paris, reivindicando a presença dos negros como participantes mais efetivos nos espaços museais, chamou especial atenção para a necessidade frequente de ampliação desses debates. A presença do próprio casal no ambiente, a indumentária por eles usada, as danças e demais expressões coexistindo com obras de arte consideradas eruditas constroem uma estética que desnuda o apagamento histórico da diferença, reafirma as agendas dos movimentos minoritários e rompe com representações culturalmente estabelecidas. Diante disso, importa analisar como tais aspectos vêm sendo trabalhados nos museus, sobretudo no sentido de reforçar o processo de transformação das desigualdades ainda vivenciadas.