Interfaces entre Turismo e História da Arte: contribuições para a formação do Bacharel em Turismo.

RESUMO

Este artigo visa a destacar a importância e as contribuições de se estudar História da Arte na graduação de Turismo. Inicialmente, aborda-se a relevância da educação em artes, especialmente para o profissional da área do Turismo. Em seguida, também estabelece relação com o Turismo Cultural, que está diretamente ligado à arte. Para esse ensaio, toma-se como base a disciplina de História da Arte Aplicada ao Turismo lecionada no curso de Bacharelado em Turismo da Universidade Federal Fluminense (UFF), a fim de se refletir sobre como esse saber pode ser construído e contextualizado para a área. Por fim, destaca-se a experiência dos alunos como monitores dessa disciplina e como tal vivência foi enriquecedora academicamente e profissionalmente.

Autoria: GODOY, Karla Estelita; MORETTONI, Marina Martins

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Museus, turismo e controvérsias

RESUMO

A temática escolhida para comemorar, neste ano, o Dia Internacional dos Museus (18 de maio) – instituído em 1977 pelo Conselho Internacional de Museus (Icom), da Unesco, com o objetivo de sensibilizar o público para a importância dos museus na sociedade – provoca efervescentes reflexões, que ampliam e reavivam debates imprescindíveis sobre esse campo de estudos. O tema deste ano é Museus e histórias controversas – dizer o indizível em museus, com base na premissa de que esses ambientes podem ser compreendidos como “agentes da assimilação de histórias traumáticas de nossas sociedades, graças à mediação e à pluralidade de pontos de vista”, como salienta texto publicado pelo Ibermuseus. Assim, o Icom pretende destacar o papel dos museus como instrumentos capazes de fomentar relações mais pacíficas entre os povos e, desse modo, favorecer sua reconciliação.

Autoria: GODOY, Karla Estelita

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Os blocos carnavalescos “Caçadores” e “Leão de Aço” da cidade do Pilar (AL): controvérsias, memória, patrimônio e turismo

RESUMO

Caçadores e Leão de Aço, são dois blocos carnavalescos da cidade do Pilar – Alagoas, que existem desde a década de vinte do século passado. Tendo em vista serem uma tradição cultural quase centenária, pouco se tem de registros escritos sobre eles. Essa pesquisa, ao se utilizar dos campos de estudo da memória, do patrimônio e do turismo como fenômeno sociocultural, visa a colaborar para o preenchimento desta lacuna. Uma das metodologias utilizadas para a coleta de dados foi a história oral temática, em que as entrevistas têm característica de depoimento, abordando tema específico, e não a totalidade da vida do depoente. Também foram adotadas a observação participante e vivências de base etnográfica, realizadas durante os desfiles dos blocos, em que se fez uso de diário de campo, capturas fotográficas, além de conversas informais. A análise do material teve por base a teoria das controvérsias, que, por meio de enfoque processual, procura evidenciar as principais contradições dos objetos de estudo, reconhecendo que a produção do conhecimento não se dá de forma linear, mas labiríntica, uma vez que a ciência não está pronta/acabada. Foi realizada uma análise dos aspectos sociais e históricos dos blocos, e as memórias construídas a partir deles, identificando, ao ouvir os agentes sociais que deles participam, quais noções de patrimônio cultural e turismo se manifestam. Foi percebida forte ressonância cultural dos blocos em relação aos contextos socioculturais e históricos da cidade, que os consideram patrimônios culturais pilarenses, independente do seu não reconhecimento oficial por parte do Estado. Assim como também identificada a não existência do turismo em seu viés convencional/hegemônico, mas outras práticas de turismo, em que os visitantes não são reconhecidos como turistas, devido ao motivo de estarem inseridos no contexto social, por suas relações de amizade e parentesco.

Autoria: Raniery Silva Guedes de Araújo

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Aumento de público em museus: a visitação turística como realidade controversa.

RESUMO

Os museus recebem público crescente e heterogêneo, e o turismo representa para essas instituições importante incremento dos fluxos de visitação. O número de visitantes é compreendido como fator de sucesso para muitos museus, e o binômio turismo-museu se estabelece como relação estreita e atrativa para diversas instituições museológicas. Contudo, essa premissa pode-se apresentar de forma controversa, uma vez que o entendimento sobre o turismo em museus tende a desconsiderar aspectos relevantes quanto à experiência da visitação e à prática da respectiva atividade nessas instituições. Assim, o presente artigo objetiva apresentar tais controvérsias, identificando pontos de aproximação e conflito entre o discurso e a prática da atividade turística que se efetivam nos espaços museais e investigando até que ponto o aumento de público oriundo da visitação turística pode ser considerado fator que gere, exclusivamente, benefícios para os museus. Com base em pesquisas que vêm sendo desenvolvidas há cinco anos, o estudo se apoia metodologicamente na Cartografia das Controvérsias, de Bruno Latour, e aponta resultados obtidos, segundo análises da realidade enfrentada por museus, na contemporaneidade.

Autoria: GODOY, Karla Estelita; MORETTONI, Marina Martins

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Museus e paisagens culturais. Controvérsias da turistificação dos espaços.

RESUMO

Em 2012, a cidade do Rio de Janeiro foi inscrita na categoria Paisagem Cultural, na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco. O registro indica que sítios de valor misto excepcional devem ser objeto de processo contínuo de conservação, posto que são locais de interesse universal. Entretanto, algumas controvérsias podem ser identificadas a respeito da paisagem cultural carioca oficializada, como a exclusão das representações das favelas que compõem a formação socioespacial da cidade. Como a paisagem cultural é um processo dinâmico de sobreposição de tempos e espaços, a paisagem cultural do Rio também se modifica, na medida em que a cidade passa por processos de reestruturação. O Projeto de Revitalização Porto Maravilha possibilitou a conformação de uma área propícia a receber novos investimentos, sobretudo do setor turístico. A criação de empreendimentos culturais na região portuária, tais como o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio, representou importante centralidade urbana, atraindo grande quantidade de turistas. Este artigo reflete acerca das controvérsias da criação de novos museus inseridos em processos de “urbanização turística”, que corroboram para a formação de paisagens culturais esteticamente homogeneizadas e turistificadas, chamadas de “paisagismo cultural”.

Autoria: GODOY, Karla Estelita; MORETTONI, Marina Martins

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