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Em construção
O Consumo de souvenirs de museus por turistas nacionais e internacionais, na região da Zona Portuária do Rio de Janeiro
RESUMO
O ato de consumir é um fenômeno que envolve diferentes processos sociais. O interesse pelo estudo do consumo por cientistas sociais e antropólogos se deve aos processos culturais relacionados com esse fenômeno (REIS, 2008). Para Barbosa e Campbell (2006), o consumo de bens, serviços e produtos está inserido em diferentes dinâmicas sociais, na conferência e manutenção de status e construção de identidades.
Autoria: VIDAL, Leonardo da Silva; GODOY, Karla Estelita
Souvenirs de museus: consumos, experiências, repetições e diferenças nas lembranças dos turistas.
RESUMO
Souvenirs, de modo geral, são objetos que materializam o imaginário das viagens, e ganham contornos simbólicos para quem os adquire, por escolha própria ou quando presentea-dos por terceiros. Carregam significados, emoções, e se aliam à memória de forma processual e como representações de um tempo, de uma localidade, de uma vivência, provocando sen-sação de prolongamento da experiência. Nos museus, souve-nirs vêm ganhando lugar de destaque. Além de consumidos por turistas como lembranças de sua visitação, conferem certo status a quem os adquire, na medida em que algumas lojas vendem produtos dos mais exóticos aos mais sofisticados. “Souvenirs de museus”, cada vez mais, apresentam ampla var-iação estética, mesmo quando pertencentes a uma tipologia específica de objetos. Assim, aquilo que seria aparentemente repetição assume o lugar de diferença. As lojas disputam o sentimento próprio de fruição estética oriundo da relação com a arte, quando, em seus espaços, réplicas das obras ou objetos artísticos criados especialmente em referência a essas obras são postos ao alcance concreto do público. Portanto, em uma sociedade de consumo, avalia-se de que modo esses souve-nirs se conectam ou desconectam com os museus.
Autoria: CODOY, Karla Estelita
“Hospitalidade em museus: a representação imagética da hospitalidade no Museu de Arte do Rio (MAR)”
RESUMO
A cidade do Rio de Janeiro (RJ) passou por um processo de reestruturação urbana com vistas a alcançar a modernização almejada pelos países periféricos centrais e na tentativa de tornar-se global e atrativa ao capital financeiro. O turismo emerge nessa discussão como um dos principais resultados oriundos da remodelação espacial e estética ocasionada em virtude dos megaeventos esportivos Copa do Mundo (2014) e, especialmente, os Jogos Olímpicos (2016), sediados pelo país. Nesse contexto, diversas mudanças urbanísticas e estéticas foram realizadas na cidade carioca, em especial, na Região Portuária por meio do projeto Porto Maravilha, de modo a turistificar este espaço transformando-o em um polo cultural atraente aos olhos dos turistas. Além da construção de meios de transporte para aumentar a mobilidade na região, foram construídos também restaurantes e dois museus: o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio, sendo este o objeto desta pesquisa. Tais modificações, realizadas pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro em parceria com o governo do Estado e Federal, ocasionaram graves problemas sociais, como, por exemplo, o processo de gentrificação dos moradores de comunidades próximas ao Porto do Rio. No bojo desta discussão, esta dissertação pretende apresentar uma reflexão teórica e crítica a respeito da relação entre o Museu de Arte do Rio – que nasce em meio a uma proposta controversa e hostil – e o turismo, bem como identificar e analisar, por meio de pesquisa realizada na instituição e em seus arredores, narrativas visuais que permitam compreender como se estabelecem as relações no espaço museal. Para tanto, a metodologia desta pesquisa divide-se em duas partes: a primeira, uma revisão de literatura a respeito dos temas que norteiam este estudo, tais como: hospitalidade, hostilidade, patrimônio e museologia; a segunda, de caráter qualitativo, dedicou-se a compreender, apoiada na Antropologia Visual, se o MAR pode ser considerado lugar de hospitalidade. Os resultados apontam que o Museu de Arte do Rio, embora não possa ser considerado um lugar de hospitalidade, apresenta indícios de hospitalidade.
Autoria: Iasmin da Silva Leite
Memória, silêncio, esquecimento e turismo
RESUMO
O artigo tem por objetivo demonstrar possibilidades de interações entre as teorias da Memória Social e do Turismo, especificamente através da concepção de silêncio e esquecimento adotada por Michael Pollak, que leva a reflexões sobre as relações de poder, na medida em que existe uma memória oficial do turismo que se sobrepõe às memórias subterrâneas.
Autoria: ARAUJO, Raniery Silva Guedes de; GODOY, Karla Estelita.
Os Museus Universitários de Ciência e o Trabalho Intelectual: o futuro da tradição em tempos de desqualificação do conhecimento científico e da atividade acadêmica.
RESUMO
Grande parte das controvérsias que residem nas universidades, e ao seu redor orbitam, está ligada a conceitos, juízos e sentidos que se (re)produzem de forma endógena ou provêm de meio externo, e que se desenvolvem em paralelo ou atravessados pela relação com a sociedade, com o Estado, nos planos econômico e político-ideológico. Desde a obsoleta, e nem assim ultrapassada, dicotomia entre as chamadas ciências hard e soft – a primeira reconhecida como rigorosa e imaginada como neutra, e a segunda julgada precária e percebida como tendenciosa – até determinados termos que dessas concepções se originam, tais como, respectivamente, “cientistas” e “intelectuais” (JANINE RIBEIRO, 2006), ou, adotando a perspectiva baumaniana, “legisladores” e “intérpretes”, a instituição do conhecimento por excelência sempre enfrentou crises epistemológicas e paradigmáticas.
Autoria: GODOY, Karla Estelita; DUARTE CANDIDO, Manuelina Maria.
“Tourism and photography: a bibliometric study of using image analysis methodologies in tourism research.”
RESUMO
Turismo e fotografia: um estudo bibliométrico sobre o uso de metodologias de análise da imagem nas pesquisas em turismo.
RESUMO
Este artigo se propõe a investigar o uso de metodologias de análise da imagem em pesquisas de turismo nacionais e internacionais recentes (2012 a 2017). Por meio de pesquisa exploratória e de uma revisão sistemática de literatura, de caráter bibliométrico, em bases de periódicos mundiais, buscou-se verificar as principais metodologias utilizadas no campo do turismo, em quais áreas esses métodos são mais empregados e de que modo são coletadas imagens fotográficas para as pesquisas. Como resultado, verificou-se que as pesquisas em turismo utilizam, para analisar imagens, metodologias tradicionais como semiótica e análise de conteúdo. Diversas metodologias apareceram mais sutilmente, como é o caso da volunteer-employed photography, da antropologia visual/fotoetnografia, da foto elicitação, da Zaltman metaphor elicitation technique (ZMET), e outras, entre as quais a iconografia. Cabe salientar que o uso dessas metodologias nas pesquisas analisadas foi combinado com outros métodos qualitativos conceituados – entrevistas em profundidade e observação participante, por exemplo –, como forma de validar resultados da pesquisa. Contudo, notou-se, por meio desse mapeamento, que as metodologias de análise visuais podem contribuir para a pesquisa em turismo, capturando o olhar do turista e oferecendo perspectivas que surveys ou entrevistas em profundidade não são capazes de fornecer. Assim, este artigo aponta novas possibilidades para as pesquisas em turismo.
Autoria: GODOY, Karla Estelita; LEITE, Iasmim da Silva
Souvenirs de museus: consumos, experiências, repetições e diferenças nas lembranças dos turistas.
RESUMO
Souvenirs são objetos que materializam o imaginário das viagens e ganham contornos simbólicos para quem os adquire, por escolha própria ou quando presenteado por terceiros. Carregam significados, emoções e aliam-seà memória de forma processual e como representações de um tempo, de uma localidade, de uma vivência, provocando sensações de prolongamento da experiência.Nos museus, souvenirsganhamlugar de destaque. Além de consumidos por turistas como lembranças de sua visitação, conferem certo status, na medida em que algumas lojas vendem produtos dos mais exóticos aos mais sofisticados. “Souvenirsde museus”, cada vez mais, apresentam ampla variação estética, mesmo quando pertencentes a uma tipologia específica de objetos. Aquilo que seria aparentemente repetição assume lugar de diferença. Lojas disputam o sentimento de fruição estética oriundo da relação com a arte, quando, em seus espaços, réplicas ou objetos artísticos criados especialmente em referência àsobras são postos ao alcance concreto do público. Em uma sociedade de consumo, é importante investigar de que modo esses souvenirsse conectam ou desconectam com museuse sujeitos. Entendendo o souvenir como um dos principais objetos consumidos pelos turistas, esseestudo se concentrou em evidenciar aspectos dacultura de consumo na sociedade pós-moderna e, em seguida, mapear artigos científicos publicados em periódicos Qualis/CAPES, classificados na área de Turismo, tanto para compreender como o tema vem sendo abordado quanto para verificar se há pesquisasque tratemespecificamente do que nomeamos “souvenirs de museus”. Apresentaremos também resultadosde breve pesquisa de campo realizada nas“lojinhas” de dois museus localizados nacidade do Rio de Janeiro, destacando as falas mais representativas dos sujeitos entrevistados. A outra pesquisa de campo procurou avaliar a existência de lojas de souvenirsem cinco museus na mesma cidade, suainfraestrutura e características mais relevantes, bem como os tipos de souvenirs encontrados.
Autoria: GODOY, Karla Estelta; Vidal, L. S.; MEES, L. A. L.
“Metodologias de Análise da Imagem no Turismo: um estudo bibliográfico sobre o uso da fotografia como método de pesquisa”
RESUMO
Este artigo se propôs a investigar o uso de metodologias de análise da imagem empesquisas de turismo nacionais e internacionais recentes, entre os anos de 2012 a 2017. Por meio de pesquisa exploratória e bibliográfica buscou-se verificar as principais metodologias de imagem utilizadas no campo doturismo, em quais áreas esses métodossão mais empregados e de que modo são coletadas as imagens para pesquisa. A pesquisa por artigosque utilizavam metodologias de análise de imagens aplicadas àspesquisas empíricas foi realizada nas bases de dados de periódicos Scielo, Spell, Web of Sciencee Scopus, por possuírem ampla quantidade de artigos nos idiomas português, espanhol e inglês respectivamente. Foram adotadas como filtros de pesquisa as seguintes palavras-chave: “análise da imagem”, “fotografia”, “turismo” e “imagem”, traduzidas e buscadas nos idiomas:português, inglês e espanhol. Foram recuperados no total 205 artigos, entretanto, após um processo de exclusão de duplicatas e de restrição aos trabalhos que utilizavam a palavra “imagem” com sentido de “imaginário”, restaram 40 artigos para análise finalapresentada nesse artigo.Como resultado verificou-se que as pesquisas em turismo utilizam metodologias tradicionais para analisar imagens, tais como: semiótica e análise de conteúdo. Observou-se também o método volunteer-employed photography(VEP) como principal forma de coleta de dados, além das redes sociais online. Cabe salientar que o uso dessas metodologias, utilizadas, em geral, na área de gestão e marketing de destinos turísticos, apoiou-se em outros métodos qualitativos conceituados–entrevistasem profundidade e observação participante, por exemplo –como forma de validar os resultados da pesquisa. Contudo, notou-se por meio desse mapeamento, que as metodologias de análise visuais podem contribuir para a pesquisa em turismo, capturando o olhar do turista e oferecendo perspectivas que surveysou entrevistas em profundidade não são capazes de fornecer. Assim, este artigo aponta novas possibilidades para a pesquisa em turismo
Autoria: LEITE, Iasmin da Silva; GODOY, Karla Estelita
The aestheticization of public spaces and the social role of museological institutions
RESUMO
The creation of new museums, together with policies for the aestheticization of cities and for the touristification of public spaces – aimed at attracting consumers and developing touristic destinations – generates controversies on the social role of the museological institutions themselves and their relationship with their environment. They are connected at the same time to gentrification processes and market demands, as they produce aesthetic fruition and can guarantee structural improvements to certain parts of the population. Such museums become products of a “touristic urbanization” process and integrate the so-called touristic landscapes or cultural landscaping – “a concept that involves the idea of artificialism and superficiality, connected to a strictly market view.” Thus, the museum becomes the catalyst for oppositions that inhabit the cultural landscape, placing itself in service of “cultural landscaping” and contradicting the social role that it should exert. This article presents examples that seem to break with this logic.
Autoria: Karla Estelita; LUNA, Sarah Borges; WAIZBORT, H. H.