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Em construção

Dimensões da hospitalidade a turistas em museus

RESUMO

Os museus são, por definição, instituições abertas ao público, promotoras de educação informal e lazer. Além disso, de acordo com o Conselho Internacional de Museus, essas instituições são responsáveis por expor e difundir testemunhos do homem e de seu entorno, tornando-se, assim, lugares de memória. Nota-se, na contemporaneidade, a aproximação entre a atividade turística e os museus. Nesse sentido, o turismo, aos poucos, incorpora os espaços museais, turistificando-os e tornando-os “atrativos turísticos culturais”. O objetivo desse estudo é evocar discussões e reflexões a respeito da hospitalidade nos museus, especialmente no que tange o público de categoria turística. Entretanto, pesquisas que relacionam os campos do turismo, museus e hospitalidade são incipientes. Nesse cenário, exige-se esforço teórico com vistas a estabelecer interseções entre as áreas. Assim, levando em conta conceitos que partem das noções de hospitalidade como virtude, este artigo constitui-se como um estudo bibliográfico baseado em autores de referência nas áreas citadas e propõe discussão a respeito das dimensões da hospitalidade nos espaços museológicos. Portanto, espera-se contribuir com os estudos da área de hospitalidade e dos museus, apresentando reflexões e caminhos para a referida pesquisa.

Autoria: GODOY, Karla Estelita; LEITE, Iasmim da Silva

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Turista mirim como categoria de público em museus

RESUMO

Os setores educativos dos museus geralmente desen-volvem atividades e materiais pedagógicos para estudantes conduzidos por escolas. Contudo, se a criança se encontra na condição de turista, nem sempre haverá possibilidade de atender a demandas específicas que esse tipo de visitante exigirá. Os museus estão ligados à educação ou à diversão de qualquer pessoa que queira visitá-lo. Sendo assim, en-tende-se que os museus são locais de aprendizado para o vis-itante em geral, incluindo os visitantes mirins. De acordo com o Estatuto de Museus, é sua atribuição prezar pelo bem-estar do visitante, acolher e propiciar a melhor experiência possível, preocupando-se com a acessibilidade e oferecendo entreten-imento ao público. Apenas proporcionar no espaço museal ambiente atraente e com práticas para chamar a atenção das crianças não garante aprendizado. Alguns autores afirmam que a utilização de perguntas abertas na interação da criança com um adulto durante a vivência no espaço do museu aux-ilia a compreensão da criança e a reflexão acerca dos objetos em uma exposição, por exemplo. Além da aprendizagem em decorrência da interação por meio de conversas entre criança e adulto, durante a visita ao museu, há outras formas de inter-ação que auxiliam também a produção desse conhecimento, como o jogo. Segundo a concepção de que se aprende brin-cando, muitos pais passaram a se utilizar dos jogos direcionados para as crianças no museu como forma de produzir con-hecimento em ambiente não formal de aprendizagem. Assim, visando a estudar os turistas-mirins como categoria, que consideramos quase invisível nos museus, e à qual atribuímos crescente importância, acredita-se que esse estudo, ao ser ex-plorado, possa atender a uma demanda crescente de investi-gação, não apenas para os museus, mas também para centros culturais e atrativos turísticos, bem como em todos os serviços oferecidos aos turistas acompanhados de crianças.

Autoria: GODOY, Karla Estelita; FRANCO, Lívia Silveira

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Memórias, museus e turismo

RESUMO

O Simpósio Convidado “Memórias, Museus e Turismo” decorre da articulação entre diversos subtemas desenvolvi-dos por pesquisadores e estudantes do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Turismo e Museus (episTEmus), linha de in-vestigação do Grupo de Pesquisa Turismo, Cultura e Sociedade (T-Cult/UFF), ambos sob a coordenação da Profª Drª Karla Estelita Godoy (UFF), dedicados a investigar criticamente a relação turismo e museus. Visando a identificar e analisar pontos de aproximação e de conflito entre o discurso e a práti-ca da atividade turística nos museus, as pesquisas apresenta-das se conectam com aspectos da memória social, das repre-sentações individuais e coletivas, dos imaginários, das forças em tensão e em disputa, dos processos multiidentitários, e com as construções simbólicas e os lugares de memória que as instituições museológicas produzem. Assim, as propostas re-unidas, a seguir, têm por objetivo expor o andamento desses estudos e colocá-los em debate e trocas com o público. O Prof. Dr. Leandro Brusadin (UFOP) abordará “O poder simbólico do Museu da Inconfidência (MG) no imaginário social, o acolhi-mento da comunidade local e a fruição produtiva dos turis-tas”. O Prof. Dr. Luiz Alexandre Mees (UNIRIO) refletirá sobre a “Comercialização de souvenirs em museus”. A Profª. M.Sc. Cláudia Soares (UFRJ) tratará da “Gastronomia nos museus e sua relação com os turistas”. E as mestrandas Lívia da Silveira Franco e Iasmim da Silva Leite (PPGTUR-UFF) falarão, respec-tivamente, sobre “O turista-mirim como categoria de público em museus” e as “Dimensões da hospitalidade a turistas em museus”.O Simpósio pretende, ainda, problematizar e analis-ar criticamente a qualificação dos museus para o turismo e as controvérsias, possibilidades e necessidades da turistificação das instituições museológicas, e os significados que tais pro-cessos provocam em relação à memória social

Autoria: GODOY, Karla Estelita; BRUSADIN, Leandro Benedini

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O Olhar do Turista: Imagens da Hospitalidade no Museu Histórico Nacional (RJ)

RESUMO

Os museus viram aumentar sua demanda turística no período dos megaeventos esportivos sediados pelo Brasil. Instituições museológicas selecionadas, no período dos Jogos Olímpicos Rio 2016, estiveram no centro de uma proposta da Prefeitura do Rio de Janeiro vinculada ao Boulevard Olímpico. O Museu Histórico Nacional foi uma das instituições que mais se destacou neste período, ao abrigar a Casa México, batendo recordes de visitações, segundo o Instituto Brasileiro de Museus (2016). Sabendo que a instituição recebeu o público turista e que esta categoria de visitante necessita de serviços específicos, buscou-se investigar de que maneira estes foram recebidos. Por meio da metodologia de análise da imagem e com base em fotografias cedidas pelos turistas, foi possível identificar elementos remetendo à hospitalidade ou hostilidade no espaço museal. LEITE, Iasmim da Silva; GODOY, Karla Estelita. O olhar do turista: imagens da hospitalidade no Museu Histórico Nacional (RJ). In: IX Semintur. Turismo: produção científica, conhecimento(s) e inteligência(s), 9, 2017. Canela, RS. Anais… UCS Universidade Caxias do Sul. 2018. p. 17-24.

Autoria: LEITE, Iasmim da Silva; GODOY, Karla Estelita

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“Turismo e hospitalidade em tempos líquidos: reflexões sobre Ubatuba a capital do surf/ acolhedora por natureza e o museu histórico Washington de Oliveira”

RESUMO

O presente trabalho propõe trazer à reflexão um tema atual, relacionado às fragilidades das relações sociais contemporâneas. Relações estas que possuem, como pano de fundo, um “Mundo Líquido Moderno”, em que a vida se configura em rede, permitindo “conectar-se ou desconectar-se”, à medida que há (ou não) interesse em criar e manter vínculos. O imediatismo e a fragmentação das relações culminam no “colapso do pensamento, do planejamento e da ação a longo prazo”, como afirma Zygmunt Bauman. A instantaneidade das relações, bem como a fragilidade dos laços sociais são características destes tempos. A vida em rede, em contraposição à vida em comunidade, torna possível ao indivíduo transitar entre essas possibilidades. Instabilidade, insegurança e incerteza: talvez sejam estas as palavras que melhor definem a atual fase da modernidade, os chamados Tempos Líquidos. Apoiada nessa perspectiva, a hospitalidade foi analisada como caminho de resistência e contracultura, em meio às fragilidades das relações sociais contemporâneas. Como objeto de pesquisa, foi escolhida Ubatuba, cidade do litoral norte de São Paulo, que tem no Turismo sua principal fonte de renda e na qual se encontra o Museu Histórico Washington de Oliveira. Passei a questionar-me até que ponto a “Capital do Surf / Acolhedora por Natureza” e o Museu Histórico seriam espaços de encontro, proximidade e hospitalidade, contrariando as características da sociedade líquida moderna. Sendo o Turismo um fenômeno sociocultural, e uma vez analisados se a Cidade é Acolhedora e o Museu Histórico um Lugar de Hospitalidade, seria possível interpretar a hospitalidade local como um ato de resistência e contracultura em Tempos Líquidos? Esta dissertação, cuja metodologia se apoia em pesquisa de base etnográfica, tem o propósito de criar diálogos entre a teoria de Zygmunt Bauman (1925-2017) e as experiências de campo, voltados para o desenvolvimento dos estudos em hospitalidade e museus.

Autoria: Eliane Costa dos Santos

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Turismo, Museus e Consumo: a tentativa de uma nova abordagem para o consumo de souvenir de museu.

RESUMO

O grupo T-Cult – Turismo, Cultura e Sociedade da Universidade Federal Fluminense possui como linha de pesquisa o EpisTemus – Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Turismo e Museus e seu objetivo é pesquisar a relação dos fenômenos turismo e museus. O consumo é um processo social presente em diversas esferas e dinâmicas da sociedade, dentre elas o fenômeno turístico, pois a experiência é importante para o consumo do turismo e concretiza-se no destino, por exemplo, com o consumo de souvenir. O objetivo deste artigo é analisar o papel da materialidade na relação existente entre a aquisição desses objetos e o consumo pós-moderno, com a ótica das ciências sociais, no contexto da visitação em museus pela categoria de visitantes turistas. Realizou-se um levantamento bibliográfico de artigos, teses e dissertações por meio de diferentes bases de dados e periódicos da área do Turismo para construção da abordagem teórica que contribuiu para a caracterização deste estudo como de caráter exploratório para a área. Foi possível analisar que o consumo de souvenir em instituições museológicas pode ir além dos significados mais presentes em pesquisas relacionadas ao turista, configurando-se como um mecanismo de satisfação de desejos em consumir os objetos em exposição, tendo o souvenir como intermédiário dessa relação pessoa-objeto desejado.

Autoria: VIDAL, L. S.; GODOY, Karla Estelita;

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TURISMO E MUSEUS: Análise Comparativa da Demanda Turística (2011-2016) do Museu Imperial/RJ

RESUMO

O Grupo de Pesquisa Turismo, Cultura e Sociedade (T-Cult) da Universidade Federal Fluminense, desde 2011, entre alguns de seus projetos, busca analisar o potencial turístico dos museus. Para isso, realiza estudos sobre a demanda turística dos museus federais do Estado do Rio de Janeiro, entre os quais está o Museu Imperial, localizado em Petrópolis, na Região Serrana, que fez parte da primeira edição da pesquisa do T-Cult, em 2011. Assim, em 2016, o grupo retornou à instituição vinculada ao IBRAM/MinC para realizar um comparativo dos dados coletados em 2011, antes da Copa do Mundo de 2014, com os dados de 2016, obtidos anteriormente aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A pesquisa é de natureza exploratória e se utilizou de metodologia investigativa de demanda turística. Por meio dos resultados alcançados, foi possível analisar o perfil do turista, o contexto sociocultural da visita e sua percepção sobre a qualidade do Museu Imperial como atrativo cultural.

Autoria: GODOY, Karla Estelita; LEITE, Iasmim da Silva; BRAZO, Dionísio de Almeida

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O menino é pai do homem: por museus hiperconectados com turistas mirins.

RESUMO

Turistas em museus, apesar de sua inegável presença, tornam-se praticamente invisíveis como categoria de público estudada. Uma vez que são considerados visitantes espontâneos (residentes ou não da cidade em que se localiza a instituição), as necessidades específicas desse grupo passam despercebidas, ou não há como atendê-las, no todo ou parcialmente. A maior parte das instituições museológicas desconhece essa tipologia de público – as exceções são aquelas que já identificam os turistas como preponderantes e realizam pesquisas mais aprofundadas e dirigidas para o conhecimento de tal realidade.

Autoria: GODOY, Karla Estelita.

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Museums and city aestheticization policies: controversies between the touristification of public spaces and the social role of museological institutions.

RESUMO

The creation of new museums, together with policies for the aestheticization of cities and for the touristification of public spaces – aimed at attracting consumers and developing touristic destinations – generates controversies on the social role of the museological institutions themselves and their relationship with their environment. They are connected at the same time to gentrification processes and market demands, as they produce aesthetic fruition and can guarantee structural improvements to certain parts of the population. Such museums become products of a “touristic urbanization” process and integrate the so-called touristic landscapes or cultural landscaping – “a concept that involves the idea of artificialism and superficiality, connected to a strictly market view.” Thus, the museum becomes the catalyst for oppositions that inhabit the cultural landscape, placing itself in service of “cultural landscaping” and contradicting the social role that it should exert. This article presents examples that seem to break with this logic.

Autoria: GODOY, Karla Estelita; LUNA, Sarah Borges

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Os museus e as políticas de estetização das cidades: controvérsias entre a turistificação de espaços públicos e o papel social das instituições museológicas.

RESUMO

A criação de novos museus, atrelada a políticas de estetização das cidades e de turistificação dos espaços públicos – que visam à atração de consumidores e ao desenvolvimento dos destinos turísticos –, gera controvérsias quanto ao papel social das próprias instituições museológicas e sua relação com o ambiente. Tanto se liga a processos de gentrificação e a demandas de mercado, como produz fruição estética e pode garantir melhorias estruturais a determinada parcela da população. Tais museus se transformam em produtos de uma “urbanização turística” e integram as paisagens turistificadas ou o paisagismo cultural – “acepção que envolve a ideia de artificialismo e superficialidade, aderida a uma visão estritamente mercadológica”. Assim, o museu se torna o catalisador de oposições que habitam a paisagem cultural e se põe a serviço do “paisagismo cultural”, contraditório ao papel social que deveria exercer. O artigo apresenta exemplos que procuram romper com essa lógica.

Autoria: GODOY, Karla Estelita; LUNA, Sarah Borges

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