RESUMO

Souvenirs, de modo geral, são objetos que materializam o imaginário das viagens, e ganham contornos simbólicos para quem os adquire, por escolha própria ou quando presentea-dos por terceiros. Carregam significados, emoções, e se aliam à memória de forma processual e como representações de um tempo, de uma localidade, de uma vivência, provocando sen-sação de prolongamento da experiência. Nos museus, souve-nirs vêm ganhando lugar de destaque. Além de consumidos por turistas como lembranças de sua visitação, conferem certo status a quem os adquire, na medida em que algumas lojas vendem produtos dos mais exóticos aos mais sofisticados. “Souvenirs de museus”, cada vez mais, apresentam ampla var-iação estética, mesmo quando pertencentes a uma tipologia específica de objetos. Assim, aquilo que seria aparentemente repetição assume o lugar de diferença. As lojas disputam o sentimento próprio de fruição estética oriundo da relação com a arte, quando, em seus espaços, réplicas das obras ou objetos artísticos criados especialmente em referência a essas obras são postos ao alcance concreto do público. Portanto, em uma sociedade de consumo, avalia-se de que modo esses souve-nirs se conectam ou desconectam com os museus.

Autoria: CODOY, Karla Estelita

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