RESUMO
Os setores educativos dos museus geralmente desen-volvem atividades e materiais pedagógicos para estudantes conduzidos por escolas. Contudo, se a criança se encontra na condição de turista, nem sempre haverá possibilidade de atender a demandas específicas que esse tipo de visitante exigirá. Os museus estão ligados à educação ou à diversão de qualquer pessoa que queira visitá-lo. Sendo assim, en-tende-se que os museus são locais de aprendizado para o vis-itante em geral, incluindo os visitantes mirins. De acordo com o Estatuto de Museus, é sua atribuição prezar pelo bem-estar do visitante, acolher e propiciar a melhor experiência possível, preocupando-se com a acessibilidade e oferecendo entreten-imento ao público. Apenas proporcionar no espaço museal ambiente atraente e com práticas para chamar a atenção das crianças não garante aprendizado. Alguns autores afirmam que a utilização de perguntas abertas na interação da criança com um adulto durante a vivência no espaço do museu aux-ilia a compreensão da criança e a reflexão acerca dos objetos em uma exposição, por exemplo. Além da aprendizagem em decorrência da interação por meio de conversas entre criança e adulto, durante a visita ao museu, há outras formas de inter-ação que auxiliam também a produção desse conhecimento, como o jogo. Segundo a concepção de que se aprende brin-cando, muitos pais passaram a se utilizar dos jogos direcionados para as crianças no museu como forma de produzir con-hecimento em ambiente não formal de aprendizagem. Assim, visando a estudar os turistas-mirins como categoria, que consideramos quase invisível nos museus, e à qual atribuímos crescente importância, acredita-se que esse estudo, ao ser ex-plorado, possa atender a uma demanda crescente de investi-gação, não apenas para os museus, mas também para centros culturais e atrativos turísticos, bem como em todos os serviços oferecidos aos turistas acompanhados de crianças.
Autoria: GODOY, Karla Estelita; FRANCO, Lívia Silveira